Ao andar pelos corredores de uma agência de publicidade, quase sempre encontramos pessoas vestindo bonés, andando sem rumo e sussurrando pra si mesmas. Chamamos esses caras de ‘criativos’. São eles que fazem os anúncios. E estão sempre confusos. Quer saber o porquê?

• Eles são pressionados pelos seus líderes para fazer ‘grandes’ trabalhos. Mas, quando fazem, geralmente são reprimidos por não estarem de acordo com a estratégia.

• São incentivados a ganhar prêmios. Mas, quando ganham, são rotulados de ‘narcisistas infantis’.

• São bem pagos, mas, raramente, ouvidos.

• Costumam ouvir que ‘o que importa é o trabalho’, mas, acabam aprendendo que o que importa são as métricas, ou o relacionamento, ou o diálogo, ou qual for o clichê do mês.

• Quando dizem que propaganda é uma arte, os clientes dizem que é propaganda é um negócio. Mas, quando os criativos dizem que propaganda é business, os clientes dizem que se trata de uma arte.

• Quando eles finalmente conseguem que algo bom seja produzido, esse trabalho falha. Quando produzem ‘merda’, funciona.

• Quando seus amigos gostam do trabalho, os clientes odeiam. Quando os clientes gostam, os amigos odeiam.

• Eles são incentivados a serem colaborativos. Mas, quanto mais as pessoas colocam a mão no seu trabalho, pior ele fica.

• São sempre aconselhados a não se tornarem ‘prima donnas’. No entanto, vêem que as pessoas que fazem bons trabalhos são, geralmente, monstros desagradáveis.

Com tanta contradição, se eles não fossem confusos, seriam loucos.